Fonte: Da Redação com informações Abrasel
A guavira, fruta sul-mato-grossense que
floresce de setembro a novembro e tem a maturação dos frutos de outubro a
dezembro, está em época, levando muitas pessoas ao campo, com uma
sacolinha na mão, colher a fruta tanto para consumo próprio, quanto para
venda.
Também conhecida como gabiroba, é uma
palavra de origem guarani, que significa "árvore de casca amarga".
Ganhou este nome provavelmente porque os índios faziam uso de suas
propriedades medicinais.
Além de sua ação adstringente e
antidiarreica, a infusão das folhas em banhos de imersão é relaxante
para aliviar dores musculares.
A guavira nasce em um arbusto que varia
de 0,20 a 1,50 metros de altura. O fruto por fora lembra uma goiabinha,
mas o sabor é totalmente diferente de qualquer outro fruto. Os frutos
maduros têm um curto período para serem aproveitados (5 a 7 dias),
porque passa do ponto.
Risco de extinção
Antigamente a guavira era a planta mais
encontrada no cerrado sul-mato-grossense. Era comum encontrá-las na
beira da estrada e até mesmo pertinho das residências, em terrenos
desabitados. Mas nos últimos cinquenta anos, quase todo o cerrado foi
destruído para o plantio de soja, milho e pela limpeza de áreas de
pastagem, eliminando a maioria dos guavirais.
Outra preocupação é de que quase não
existem plantações comerciais da guavira. Os frutos são colhidos pelas
pessoas em grandes quantidades e não há preocupação em replantar as
sementes, fora o grande volume consumido pelo gado. Caso não sejam
desenvolvidos trabalhos de conscientização e replantio de mudas, a fruta
pode ser extinta do cerrado sul-mato-grossense.
É muito fácil plantar guavira, ela não é
exigente quanto ao solo crescendo inclusive em terrenos pobres. Podem
ser plantadas em canteiros no seu quintal.
Guavirando
O professor Edirlei Viana Vieira,
coordenador na escola Guarani estadual, realiza na aldeia um projeto
chamado Guavirando. A intenção do projeto é produzir mudas para o
plantio dentro da aldeia, distribuindo para que os alunos plantem em
suas casas.
“A fruta está em extinção, nosso objetivo é fazer com que elas não acabem e tenhamos para consumo e venda”, conta ele.
Edirlei utiliza a fruta para fazer
licor, sorvete, geladinho e até mesmo picolé e conta que o amambaiense
não dá o devido valor ao seu fruto, afirmando que o certo seria cada
morador manter uma dessas plantas em casa.
Curiosidades
Já ouviu falar que em época de guavira
dá muita cobra? Provavelmente isto acontece porque as frutinhas atraem
diversas espécies de pássaros, atraindo por sua vez as cobras que se
alimentam de pássaros. Outra lenda dos mais antigos é que isto seria
dito por maridos ciumentos para evitar que as mulheres saíssem no mato
sozinhas para colher os frutos.
“Certa vez fomos catar guavira em uma
área militar aqui de Amambai. Fui preso por um monte de soldados do
exército, que me revistaram, ficando eu e meus alunos na mira de fuzis.
Então chegou um cara do Rio de Janeiro e me disse gritando em voz alta:
“Cadê essa tal de guavira, será que essa fruta é tão gostosa a ponto de
vocês arriscarem a vida por ela?”. Nem me dei ao trabalho de responder,
estávamos no meio do guaviral com cinco baldes de guavira e ele não
percebeu”, conta Ismael Morel, professor de Amambai.
FONTE: AMAMBAI NOTÍCIAS
www.amambainoticias.com.br/
(15) Comentários
boa tarde gostaria de fazer contato com
pessoas interessadas em fazer troca de sementes entre regioes do brasil ,
moro no RJ e tenho interesse de trocar sementes de frutiferas da mata
ATLANTICA por sementes de outras regioes pesqueirarui6@gmail.com
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