Advogado acusa Fauzi de incêndio; candidato rebate que é calúnia

Na noite de quinta-feira, dois veículos foram incendiados no estacionamento do comitê da coligação "Aquidauana com a Força do Povo", do candidato a prefeito Odilon Ribeiro (PDT). Foram incendiados um Fiat Uno, de Marcelo Ortiz, e uma motocicleta pertencente ao índio terena Jorge Luiz, que presta serviço como técnico de som. O advogado da coligação, Antônio Trindade, acusa o adversário de autoria do incêndio, que, portanto, seria intencional e criminoso.

Porém, Fauzi Suleiman (PMDB) afirma que Trindade comete calúnia ao lhe imputar a autoria, já que o evento está sendo investigado pela polícia, que ainda não tem conclusões.

De fato, a ocorrência foi registrada no 1° Distrito de Polícia de Aquidauana às 0h19 de (19). O boletim de ocorrência (n° 2618/08) se desdobrou em inquérito policial instaurado para apurar o caso. O inquérito corre em segredo de Justiça e está sendo presidido pelo delegado José Raimundo Pinto Filho.

A declaração de Fauzi consta de ofício encaminhado hoje ao juiz da 10ª Zona Eleitoral de Aquidauana, Aldo Ferreira da Silva Júnior, e ao secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, informando estar ciente dos fatos e pedindo providências.

Conotação política

No documento, Fauzi disse que o que o deixou perplexo foi a versão dos fatos noticiada pela imprensa (ele cita alguns veículos no ofício). Fauzi afirma que das declarações de Trindade, denota-se que o advogado tentou imputar conotação política, "sem ao menos aguardar as investigações policiais".

"Contudo, independentemente da atitude do advogado do Candidato Odilon Ribeiro em imputar responsabilidades sem prova, cabe a este subscritor [Fauzi] solidarizar-se ao candidato Odilon Ribeiro, pois o local onde se deu os fatos não é importante apenas ao candidato Odilon, mas sim para toda sociedade, pois lá também se organiza uma candidatura, afinal pertencemos a um regime democrático onde a liberdade de expressão e o respeito as ideologias devem ser cultuados", traz o ofício.

No documento, Fauzi pede ainda que o magistrado encaminhe a questão tanto à polícia estadual quanto à Polícia Federal. Até esta tarde, a PF não havia sido comunicado da ocorrência.

Anastácio Notícias