sábado, 25 de abril de 2009

Trabalho do aquidauanense Aldrin Cleyde da Cunha é aprovado para pesquisa

Considerada por muitos como o bicho-papão entre as disciplinas escolares, a matemática é uma das grandes paixões do professor Aldrin Cleyde da Cunha, mestrando na área pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná e componente da equipe da Gerência de Educação do governo municipal.

Animado com as perspectivas na área, ele acaba de participar do IV Encontro de Educação Matemática de Ouro Preto, Minas Gerais, com o apoio do governo municipal.


A Comissão Executiva do Encontro aceitou na modalidade de Comunicação Científica o trabalho "História da Matemática: Breve Consideração sobre a Demonstração do Teorema de Pitágoras", elaborado pelo professor aquidauanense.

A obra passa a ser referência para pesquisa, a partir deste reconhecimento de grande significado, uma vez que a Universidade Federal de Ouro Preto, que mantém os trabalhos científicos da área, é uma referência no país.


O Encontro de Educação de Matemática de Ouro Preto, EEMOP, contou com a participação de estudantes de graduação, professores da Educação Básica e do Ensino Superior, pesquisadores da área e outros especialistas.

Um dos ministrantes no evento foi o professor Dr. Eduardo Sebastiani Ferreira, da Universidade Estadual de Campinas, que participa com uma grande fatia das pesquisas que são feitas no Brasil.

Alguns participantes do evento entendem que a matemática não é um bicho papão, como muitos dizem. O problema seria mais do ensino. Apesar disto o Brasil tem uma imagem positiva no campo da pesquisa em matemática. O país foi recentemente promovido ao grupo IV da International Mathematical Union, IMU, o que colocou o país ao lado da Holanda, Suécia e Espanha no que diz respeito a qualidade da pesquisa em matemática.

Fonte: assessoria


OBSERVAÇÃO DESTE BLOG:

Se a matemática é "considerada por muitos como o bicho-papão entre as disciplinas escolares", não é menos verdade que a metodologia científica aterroriza a maioria dos estudantes universitários, mestrandos e doutorandos.

Portanto, o Professor Aldrin Cleyde da Cunha vai enfrentar, simultaneamente, dois monstros do saber: a Matemática e o Método Científico

O tema foi focalizado no primeiro capítulo do Livro "Sistemismo Ecológico Cibernético", 3a. edição, de autoria de de Edson Paim e Rosalda Paim, do qual destacamos o seguinte trecho:

"A Metodologia Científica constitui uma disciplina instrumental, um roteiro para a concretização da pesquisa.

Na Grécia antiga methodos significava “caminho para chegar a um fim”.

Portanto, etimologicamente, método quer dizer caminho, direção, rota, orientação para se atingir determinado propósito, alvo, fim, objetivo ou meta.

Representa um conjunto de meios ou instrumentos dispostos adequadamente para se atingir um objetivo.

Como ponto de partida, vejamos que o “termo Método tem dois significados fundamentais: 1o. Qualquer pesquisa ou orientação de pesquisa; 2o. Uma técnica particular de pesquisa. No primeiro caso, não se distingue de “investigação” ou “doutrina”.

O segundo significado é mais restrito e indica um procedimento de investigação organizado, repetível e auto corrigível, que garanta a obtenção de resultados válidos. Ao primeiro significado referem-se expressões como “Método hegeliano”, “Método dialético”, etc., ou mesmo “Método geométrico”, “Método experimental”, etc. Ao segundo referem-se expressões como “Método silogístico”, “Método residual e, em geral os que designam procedimentos específicos de investigação e verificação.1”

A palavra método pode designar quatro coisas distintas: 1a. lógica ou parte da lógica que estuda os métodos; 2a. lógica transcendental; 3a. o conjunto de procedimentos metodológicos de uma ou de várias ciências e, 4a. a análise filosófica desses procedimentos.

O termo metodologia indica, freqüentemente, um conjunto de procedimentos técnicos de averiguação, verificação ou pesquisa, disponível para uma disciplina específica ou, para grupos de disciplinas.

O método científico representa a maneira como o cientista opera no sentido de elucidar, explicar ou controlar a realidade.

A natureza, bem como a própria realidade inteira - conjunto de seres, coisas, eventos e processos - responde tudo que o pesquisador desejar saber, mas para isso, é necessário que ele saiba interrogá-la e, a melhor receita para atingir tal propósito é a adequada utilização do método científico.

O método científico é de aplicação geral, podendo ser comum a várias ciências, ou melhor, comum a todos os setores do conhecimento científico. O que varia, o que diverge é o objeto de estudo de cada ramo da ciência, exigindo-se adaptações e técnicas específicas.

Entretanto, cada ciência tem seu objeto, seu corpo de conhecimentos, sua teoria, seu discurso característico, seus critérios de verdade e. quase mesmo, um método próprio.

Assim, o método epidemiológico é, na realidade, o método científico, adaptado e aplicado ao estudo da história natural das doenças, isto é, a investigação a respeito do local em que uma moléstia incide, quando acontece, porque ocorre e como evolui, qual a sua natureza, porque atuam e como atuam os agentes patogênicos e os elementos capazes de funcionar como veículos de transmissão e, como se comportam os hospedeiros, envolvendo ainda, todas as relações ecológicas existentes entre agentes patogênicos, transmissores e hospedeiros, ou seja, as interações existentes entre eles no ambiente do qual compartilham.

Método “é o procedimento ou conjunto de procedimentos que servem como instrumento para satisfazer as necessidades da investigação”.
Para Piovesan.2, método é o conjunto de regras da pesquisa científica.

Método é um roteiro sistematizado para orientar o pensamento, investigar a realidade, atuar sobre a mesma ou comunicar o resultado de tais atividades.

“Método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar um determinado fim. 3”

Destarte, é também, o conjunto de ações sistematizadas objetivando a produção, a utilização ou a comunicação do conhecimento científico.

Representa, pois, a sistematização em qualquer setor das atividades humanas. Alicerça-se na pesquisa, ou seja, na coleta sistematizada de dados, seguida de sua análise e interpretação.

“Reserva-se a palavra método para significar o traçado das etapas fundamentais da pesquisa, enquanto a palavra técnica significa os diversos procedimentos ou a utilização de diversos recursos peculiares a cada objeto da pesquisa, dentro das diversas etapas do método.

Diríamos que a técnica é a instrumentação específica da ação, e que o método é mais geral, mais amplo, menos específico. Por isso, dentro das linhas gerais e estáveis do método, as técnicas variam muito e se alteram e progridem de acordo com o progresso tecnológico.4”

A técnica é, pois, meio auxiliar do método. Consiste em aplicações específicas e, portanto, mais restritas.

Embora este capítulo não faça parte do novo livro de Edson Paim e Rosalda Paim, designado SISTEMAS, AMBIENTE & MECANISMOS DE CONTROLE, que saiu da gráfica hoje, esta publicação se refere a um aspecto do Método Científico, como se pode depreender da leitura da "orelha" do mesmo, logo após a apresentação da sua capa:




"Este livro trata da abordagem de qualquer sistema, simultaneamente com a do respectivo ambiente, ambos acrescidos de mecanismos de controle ou “feedbacks”, necessários à obtenção dos seus estados de equilíbrio, cujo propósito é assegurar a consecução dos objetivos, fixados para o sistema em causa.

Sistemas, Ambiente & Mecanismos de Controle refere à descrição e a utilização de um paradigma de cunho abrangente, integrativo, sintético, enfim, holístico - o Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional - construído com alicerce em quatro pilares principais: Teoria Geral dos Sistemas (Sistemismo), Cibernética, Teoria da Informação e Ecologia, representando, portanto, uma metodologia de caráter multirreferencial.

O presente construto foi concebido e elaborado com inspiração no modelo de organização e funcionamento dos seres vivos e dos ecossistemas naturais - sistemas auto-organizadores, auto-reajustáveis e auto-reprodutores, - os quais são dotados de dispositivos cibernéticos ou de “feedback” negativo, construídos pela natureza.

Um aspecto deste paradigma é o fato de estar estribado na estrutura sistêmica do genoma e, na fisiologia cibernética do sistema nervoso, particularmente do cérebro humano, que abriga o produto mais sofisticado da evolução biológica - a consciência.

A metodologia proposta pode ser aplicada tanto à focalização de um sistema como a de seus metassistemas e subsistemas, incluindo a visualização do respectivo ambiente - também um sistema, - o sistema ambiental.
Este referencial corresponde ao Sistemismo ampliado e postula a possibilidade da abordagem de qualquer sistema, seja de natureza física, biológica, tecnologia ou social, mediante a mesma metodologia, ora apresentada.

Destarte, o quadro de referência proposto torna possível enfocar, através de um mesmo prisma, o ser humano, um automóvel, uma empresa, um município, um estado, um país e, até mesmo, o sistema social global, assim como o sistema físico em que todos eles estão contidos - o próprio Planeta Terra - e, por extensão, o Universo inteiro.

Esta perspectiva se alicerça no fato de que todos eles possuem, como denominador comum, os atributos universais dos sistemas, entre os quais se destacam:

1) - os sistemas são conjuntos de partes interligadas e inter-relacionadas, atuando conjuntamente, para a consecução de um determinado objetivo;
2) - os sistemas estão inseridos no ambiente;
3) - a totalidade dos sistemas abertos estabelece contínuas e permanentes relações com o seu ambiente imediato, efetuadas através de intercâmbios;
4) - os intercâmbios que ocorrem entre cada sistema e o seu ambiente podem ser sintetizados como trocas contínuas e permanentes de matéria, energia e informações, processadas entre um e outro, afetando-se mutuamente, isto é, sofrendo, em conseqüência, cada um deles, influências do outro.
Os sistemas, de um modo geral, sobretudo, os de natureza biológica, tecnológica ou social, necessitam possuir mecanismos de controle (“feedbacks”), com o propósito de regular o seu estado de equilíbrio e a harmonia do seu funcionamento ou operacionalização.

Os sistemas compartilham, portanto, características tais como as de totalidade, abrangência, integralidade, síntese e inter-relacionamento entre suas partes integrantes, efetuando contínuas trocas de “matéria, energia e informações” com o ambiente, além da necessidade de possuírem mecanismos de controle, cuja finalidade é a manutenção dos seus estados de equilíbrio e, o do ambiente que os envolve, além garantir a harmonia ente ambos.

O fato de corresponderem a sistemas sintetiza os atributos que são comuns a todos eles.

Um determinado sistema, acrescido dos seus arredores, constitui, por sua vez, outro sistema, de maior amplitude e, de natureza mista: o conjunto sistema/ambiente, que poderá ser designado, no contexto do estudo, como universo, - com u minúsculo - para não confundir com Universo, o sistema cósmico.

Nosso planeta e, o seu ambiente, o Universo, o qual integra, por corresponderem a sistemas, podem ser visualizados através deste mesmo prisma, considerando-se, entretanto, que o Sistema Universal representa o único sistema sem ambiente, pois não se pode conceber a existência de algo em seu entorno, desde que o consideremos infinito.

Os nove primeiros capítulos, que se busca manter inter-relacionados, interligados, entrelaçados, integrados, como uma malha, uma trama, uma rede, uma teia de idéias, fundamentos, conceitos e princípios que formam o alicerce do Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional - o Sistemismo ampliado - constantes dos capítulos X a XII.

Finalmente, o capítulo XIII, “Rumo a uma Sociedade Cibernética”, aborda a hipótese de uma nova utopia: um sistema social aberto, baseado no Estado de Direito Democrático, cuja essência é ser repleto de mecanismos regulatórios (“feedback” sociais), destinados a assegurar o equilíbrio do seu funcionamento, objetivando torná-lo harmônico, em toda a plenitude e, inserido num contexto ecológico perfeitamente adequado aos propósitos ou telos da sociedade.

Este modelo sócio-econômico-jurídico-cultural e ecológico seria capaz de garantir aos seus integrantes, entre outras, as condições de liberdade individual e coletiva e, de universalização do acesso às informações, cidadania, trabalho, moradia, alimentação, educação, saúde, segurança, saneamento básico, transporte e lazer, enfim, igual oportunidade para todos: justiça social, adequada distribuição de renda e, qualidade de vida, compatível com a dignidade da pessoa humana, em perfeita harmonia com o contexto ambiental."

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