Estudo da Serasa mostra que o indicador de rentabilidade ajustada das empresas, que mede a relação entre o lucro ajustado(*) e o faturamento líquido, alcançou 6,6% em setembro de 2007, destacando-se como a maior média do período desde 2003. Nos anos anteriores os índices obtidos foram 4,6%, 5,1%, 5,3% e 5,0%, respectivamente, de 2003 a 2006.
O estudo foi realizado com uma amostra de 9.700 balanços, sendo 3.200 de empresas da indústria, 3.700 do comércio e 2.800 de serviços. Os balancetes de setembro de 2007 foram divulgados no 4º trimestre de 2007.
Os setores foram beneficiados pela maior atividade econômica, reflexo da expansão da massa salarial, da ampliação do crédito e da recomposição de estoques em importantes segmentos da indústria. Destaca-se ainda, a redução das despesas operacionais e a melhora do resultado financeiro nos setores analisados.
O setor de serviços apresentou o maior crescimento. Em 2000, as empresas do setor registraram rentabilidade equivalente a 1,3% do faturamento, reflexo da desvalorização do real ocorrida no ano anterior e da privatização, que levou as empresas a realizarem investimentos, principalmente nos segmentos relacionados a serviços de utilidade pública (telefonia e energia elétrica), elevando o nível de endividamento das empresas.
Contudo, as empresas conseguiram incrementar as receitas por meio da significativa melhora e ampliação dos serviços prestados. Em 2007, o setor foi marcado pela excelente dinâmica da economia brasileira. A apreciação do real frente ao dólar ajudou a diminuir o custo financeiro das empresas endividadas em moeda estrangeira. Os bons resultados apresentados pelos novos segmentos de negócios, como as concessionárias de rodovias e outros setores (telefonia, energia, transporte ferroviário), garantiram a melhoria da lucratividade do setor que foi de 8,8%.
O setor industrial também apresentou significativa melhora da rentabilidade. Em 2000, a rentabilidade atingiu 2,2%, prejudicada pelas dificuldades em repassar o aumento dos gastos fixos para o preço final, uma vez que as variações dos preços no varejo e no atacado continuaram muito distantes uma da outra. Em 2007, a indústria obteve seu melhor índice no período do estudo, favorecida pela demanda aquecida, tanto externa como interna. Nesse cenário o aumento das receitas contribui para a absorção dos gastos fixos, beneficiando a rentabilidade.
A valorização do Real reduziu a rentabilidade das exportações de bens industriais, em contraposição, o efeito cambial foi positivo para segmentos no qual parte dos custos são importados, bem como para as empresas com dívidas em dólar, cuja cotação em queda reduziu as dívidas em reais, gerando receita financeira e contribuindo para a rentabilidade. O segmento siderúrgico brasileiro ocupa no cenário internacional uma posição de destaque, que contribui para elevar a margem do setor.
As empresas do comércio, historicamente, trabalham com margens mais comprimidas, porém, também apresentaram melhora de patamar. Em 2000, a margem de lucro situou-se em 1,1%, enquanto em 2007 a margem líquida atingiu 1,9%. Dentre os principais motivos
podemos citar a retomada consistente do crescimento econômico, baseado no maior nível de emprego, da massa salarial e do crédito, que impulsionam principalmente a venda de bens de consumo duráveis.
Fonte: http://www.fmpan.com.br/
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