O Globo
Manchete: Reajuste dos aposentados: Lula ainda não sabe se vetará, mas Serra e Dilma já o apoiam
Impacto de medidas aprovadas pela Câmara será de R$ 4 bi/ano
Apesar de ministros terem dito que o presidente Lula deverá vetar as propostas aprovadas na véspera na Câmara – uma dá reajuste de 7,7% para aposentados que recebem acima de um salário mínimo e outra acaba com o fator previdenciário -, o próprio Lula disse que vai esperar a decisão do Senado antes de anunciar se vetará ou não. As duas medidas aprovadas na Câmara devem provocar um rombo de R$ 4 bi por ano nas contas da Previdência. “Tinhamos um acordo com as centrais sindicais. O Congresso entendeu que deveria votar algo diferente. A mim, só cabe esperar a decisão final do Senado para que eu possa analisar os impactos disso na economia brasileira e na Previdência Social e tomar a decisão", disse Lula. Mesmo sem saber qual será a decisão do governo, os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) disseram que apoiam o que o presidente fizer. (págs. 1, 3, 4 e 9 e editorial "Lei da irresponsabilidade fiscal")
Crise paralisa Grécia e deixa 3 mortos
Violentos protestos tomam as ruas de Atenas. Ameaça de rebaixamento de Portugal derruba bolsas
No dia em que uma greve geral parou a Grécia, o país foi sacudido ontem por violentos protestos em que prédios foram incendiados, deixando três mortos e 12 pessoas feridas, quatro gravemente. Elas foram vitimas de um incêndio provocado por coquetéis molotov atirados em um banco por manifestantes. Uma passeata reunindo cerca de 100 mil pessoas tomou as ruas de Atenas em protesto contra as duras medidas do governo para conter a crise, recomendadas por FMI e União Europeia. Os temores de contágio em países europeus cresceram com o alerta da agência Moody's de que pode rebaixar os bônus de Portugal. A notícia derrubou as bolsas: em Lisboa, a queda foi de 4,6%; em Madri, 5,4%. (págs. 1 e 21 a 24)
Foto legenda: Policial envolto em chamas após ser atingido por coquetel melotov, em Atenas, em confronto com manifestantes que protestavam contra o governo, FMI e UE
Procuradora tem prisão decretada
A Justiça decretou ontem a prisão da procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes, de 66 anos, acusada de torturar uma menina de 2 anos que pretendia adotar. Policiais civis estiveram no apartamento de Vera Lúcia, em Ipanema, mas ela não foi encontrada. (págs. 1 e 14)
Governo apura ligação de Tuma Jr. com mafiosos
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, pediu à Polícia Federal informações sobre o suposto envolvimento do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com a máfia de celulares em SP. O presidente Lula teria uma conversa com Barreto para avaliar a situação de Tuma Jr. (págs. 1 e 13)
Banda larga da Telebrás é estreita
Sob críticas, o governo lançou o Plano Nacional de Banda Larga, que terá a Telebrás como gestora. Serão desembolsados R$ 13 bilhões, incluindo a capitalização da estatal. Para analistas, a velocidade da internet é baixa, e empresas veem distorção de mercado. (págs. 1, 30 e Míriam Leitão)
Segurança maior em voos nos EUA
Após o embarque do terrorista do atentado fracassado em Nova York num avião para Dubai, os EUA determinaram que as companhias aéreas chequem as listas de pessoas proibidas de voar a cada 2 horas, em vez de a cada 24. O terrorista conseguiu embarcar após a única checagem do dia. (págs. 1 e 33)
Britânicos escolhem premier em cenário de crise e incerteza (págs. 1 e 31)
Lucro da Vale recua 8,6% no 1º trimestre, para R$ 2,8 bilhões (págs. 1 e 27)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Ricos miram Brasil e China em pacto contra a pirataria
EUA e Europa negociam acordo que afetará internet e genéricos; Itamaraty vê tentativa de impor padrões
Um acordo sobre propriedade intelectual que está sendo negociado a portas fechadas por EUA, Japão, União Europeia e outros oito países terá como alvos maiores o Brasil e a China, segundo apurou a Folha.
O Acta (acordo comercial antipirataria) passa ao largo de instituições multilaterais como a Organização Mundial do Comércio.
Se for fechado, afetará a distribuição de conteúdo na internet - infratores perderão o acesso - e de remédios genéricos, facilitando a apreensão de cargas nos países por onde transitem.
Roberto Azevedo, embaixador do Brasil na OMC; critica a proposta, na qual vê uma "tentativa de impor padrões", e diz que ela fere acordo de propriedade intelectual e comércio assinado na instituição em 1994.
Os EUA esperam que o acordo final "exporte" uma visão mais semelhante às leis americanas. (págs. 1 e Dinheiro)
Presidente defende Tuma Jr. de acusações
O presidente Lula defendeu o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, flagrado em gravações com Paulo Li, preso sob a acusação de contrabando.
“Primeiro tem de esperar a investigação", afirmou Lula. Chinês naturalizado brasileiro, Li se relaciona com os Tuma há 30 anos e atuou em campanhas. (págs. 1, A4 e A8)
Foto legenda: De volta à mãe
Luana Pereira com a filha, Isadora, em maternidade pública na zona leste de SP depois de o bebê ter sido sequestrado pela adolescente J., 15, que se passou por estagiária de enfermagem (págs. 1 e C1)
Teles podem ir à Justiça contra plano de banda larga do governo
Após a divulgação pelo Planalto do Plano NaCional de Banda Larga, empresas de telefonia cogitam recorrer à Justiça para tentar impedir a Telebrás de oferecer internet rápida a usuários finais, relata Elvira Lobato.
Segundo executivos, as teles esperavam discussão antes do anúncio, e o plano abre a possibilidade de intervenção estatal. (págs. 1 e B15)
Para bispo, tocar em adolescente não é pedofilia
O bispo emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Bernardino, disse que há "confusão" no país entre pedofilia e efebofilia (atração sexual por adolescentes).
"Tocar numa criança é diferente de tocar num adolescente. Não quero dizer que se deva tocar no adolescente, absolutamente. Mas é diferente", afirmou d. Angélico, para quem a criança é "sagrada, intocável". (págs. 1 e C4)
Britânicos vão às urnas hoje sob medo da crise
O Reino Unido vai às urnas hoje após uma campanha em que o sentimento predominante foi o medo da crise, relata o enviado especial Clóvis Rossi. O conservador David Cameron é favorito, mas há a expectativa de que nenhum partido faça maioria absoluta. (págs. 1 e A12)
Kenneth Maxwell: Ascensão de um 3° partido é mudança mais significativa (págs. 1 e A2)
Editoriais
Leia "Valores esquecidos", sobre controle fiscal; e "Energia limpa", acerca de plano do governo. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Crise grega se espalha e UE já teme pelo seu futuro
Estabilidade do continente está em risco, advertem europeus e FMI; protestos matam três em Atenas
As principais autoridades europeias e o Fundo Monetário Internacional admitiram ontem que a crise grega não diz respeito somente ao equilíbrio fiscal do país, mas sim à própria estabilidade da Europa. Na Grécia, cujo Parlamento deve votar hoje o maior programa de austeridade de sua história, houve violentos protestos contra o acordo para obter o socorro da União Europeia e do FMI. Três pessoas morreram em Atenas, no ataque a uma agência bancária, e mais de 40 ficaram feridas nos confrontos. A constatação de todos, porém, é que o pacote para salvar a Grécia não foi suficiente para conter as incertezas sobre a capacidade de vários países da UE de lidar com a divida pública. Para tentar frear a situação, o bloco europeu anunciou reforma interna e prometeu novas leis contra ataques especulativos, Bruxelas lançou duros ataques contra o mercado e chegou a acusá-lo de ameaçar as "instituições democráticas da Europa" com ações sobre a dívida soberana de países. (págs. 1 e Economia B1, B3 e B4)
Foto legenda: Violência. Policial é envolvido nas chamas de bomba incendiária jogada por manifestantes durante choque em Atenas
Governo quer mais usinas em reservas da Amazônia
Plano prevê a construção de seis hidrelétricas até 2019
Quase um terço da expansão da oferta de energia no País na próxima década está baseado em seis hidrelétricas a serem instaladas em unidades de conservação na Amazônia, informa a repórter Marta Salomon. Juntas, as usinas têm potência equivalente a uma Belo Monte, a maior hidrelétrica brasileira, recentemente leiloada. Análise do Plano Decenal de Energia mostra que usinas com potência de 10.907. MW na bacia do Rio Tapajós, no Pará, ocuparão até mesmo áreas de parques nacionais. O plano decenal relaciona novos projetos hidrelétricos "a serem viabilizados" até 2019. (págs. 1 e Economia B10)
Para o Planalto, explicação de Tuma Jr. é insuficiente
Secretário da Justiça é suspeito de elo com mafioso chinês
O Planalto considerou insuficientes as explicações do secretário nacional da Justiça, Romeu Tuma Júnior, a respeito de suas relações com um dos chefes da máfia chinesa no Brasil, Li Kwok Kwen. A ligação entre ambos foi registrada por escutas telefônicas em investigação da Polícia Federal sobre contrabando, revelada ontem pelo Estado. Na avaliação do governo, a situação do secretário pode ficar insustentável, informam os repórteres Tânia Monteiro e Leandro Colon. O presidente Lula disse que, "se há uma denúncia contra ele, a única coisa a fazer é investigar". Já Tuma Jr. declarou: "Eu não fiz nada". (págs. 1 e Nacional A4)
Foto legenda: Às pressas. Tuma Júnior foi chamado para reunião com ministro
Novo governo herdará conta da banda larga
O Plano Nacional de Banda Larga, anunciado ontem, prevê investimentos de R$ 13 bilhões até 2014. Do total, R$ 3,22 bilhões, do Tesouro, capitalizariam a Telebrás, e R$ 7,5 bilhões, do BNDES, financiariam a indústria. Boa parte da conta ficaria para o próximo governo. (págs. 1 e Economia B14)
Droga contra aids tem baixa produção
Dois anos depois de o governo federal autorizar o licenciamento compulsório do efavirenz, medicamento contra aids, a fabricação de genéricos do remédio no Brasil ainda não atende à demanda nacional. Cerca de 40% dos pacientes recebem genéricos importados. (págs. 1 e Vida A20)
Sem favoritos, britânicos vão hoje às urnas
A Grã-Bretanha elege hoje seu novo chefe de governo. O conservador David Cameron e o trabalhista Gordon Brown protagonizam a eleição mais disputada da história recente do país. O vencedor tentará tirar a economia da estagnação, do déficit público e das dívidas causadas pela crise. (págs. 1 e Internacional A16)
Governo lança pacote de apoio à exportação (págs. 1 e Economia B5)
Celeiro do País sofre com falhas logísticas (págs. 1 e Especial Economia)
Nouriel Roubini: Grécia é ponta do Iceberg
Estamos no estágio seguinte da crise. A questão iminente é a dívida do setor público. (págs. 1 e Economia B4)
Notas & Informações: O estouro da bolada
Os deputados não resistiram a mostrar serviço aos aposentados. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Guerra anunciada
Polícia prevê batalha para ocupar complexo do Alemão. Traficantes teriam 6 mil granadas
A ocupação das fivelas do complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, é encarada por estrategistas da área de segurança pública como a batalha decisiva contra o poder do tráfico desde o início da implantação do programa das UPPs. Segundo informações de levantamentos a que o JB teve acesso, os policiais calculam enfrentar nas vielas do complexo um arsenal com aproximadamente 1.500 fuzis e cerca de 6 mil granadas. O efetivo a ser usado e a data da operação são mantidos em completo sigilo. (págs. 1 e Cidade A12)
Foto legenda: A Grécia derrete
Economia do país piora a cada dia, e crise já provoca mortes
O drama da Grécia ampliou-se dos gabinetes para as ruas, onde violentas manifestações resultaram em mortes de três civis. O anúncio de uma provável degradação da nota da dívida de Portugal e a violência grega derrubaram as bolsas europeias e o euro, que chegou a ser cotado a 1,29 dólar. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)
Pacote dá estímulo às exportações
A criação de uma instituição para estimular o financiamento e o prazo menor para devolução de créditos tributários estão entre as medidas anunciadas para aumentar as exportações. (págs. 1 e Economia A17)
Irã anuncia acordo, e Brasil nega
A agência de informações estatal iraniana diz que o país fechou acordo para enviar urânio ao Brasil em troca de receber o produto enriquecido. O Itamaraty nega a informação. (págs. 1 e Internacional A23)
Banda larga vai custar R$ 13 bi
Levar a internet em alta velocidade a pelo menos cem municípios, ainda este ano, é desafio do Plano Nacional de Banda Larga, anunciado ontem pelo governo e comemorado pela gestora Telebrás. O investimento, até 2014, deverá atingir R$ 13 bilhões. (págs. 1 e País A6)
Vale comandará fundo ambiental
A Vale anunciou a criação de um fundo de reflorestamento de R$ 605 milhões, a serem investidos em recuperação ambiental e exploração comercial. A empresa manifestou interesse em aderir ao consórcio que ganhou a licitação da usina de Belo Monte. (págs. 1 e Economia A17)
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Correio Braziliense
Manchete: Veto a aposentados une Serra, Dilma e Lula
O reajuste de 7,7% aos aposentados e a queda do fator previdenciário, aprovados pela Câmara na terça-feira, ultrapassaram os círculos de Brasília e tornaram-se o assunto do dia na corrida presidencial. Após a fragorosa derrota do governo no Congresso, o Planalto enfrenta o dilema de vetar, em ano eleitoral, medidas que provocarão um violento impacto nas contas públicas. A equipe econômica posicionou-se fortemente contrária às propostas aprovadas, que representariam um acréscimo de ao menos R$ 30 bilhões aos cofres do governo. Cautelosos, os pré-candidatos José Serra e Dilma Rousseff manifestaram confiança na autoridade do presidente Lula de barrar ou não o aumento aos aposentados. “Vou apoiar a posição que o governo federal tomar a esse respeito”, suavizou o tucano. “Tenho certeza de que ele decidirá de forma equilibrada”, esquivou-se a petista pelo Twitter. O racha na base governista do Congresso estremeceu as alianças entre PT e PMDB nos estados. (págs. 1 e 2 a 5)
Falta tudo no Hospital de Base. Até respeito
A maior unidade de saúde pública do Distrito Federal não dispõe nem sequer de esparadrapo para tratar os pacientes. A falta de utensílios básicos de atendimento no Hospital de Base obriga os médicos a fazer uma escolha dramática: salvar vidas sem equipamento adequado ou cancelar cirurgias agendadas ou até de emergência. Uma circular distribuída pela direção do HBDF transfere às equipes a responsabilidade pelos atos na mesa de operação: “Caso os profissionais optem em realizar cirurgias mesmo na ausência desses materiais, que fique claro que não temos previsão de reposição”. Internada desde segunda-feira à espera de uma intervenção no fêmur, a dona de casa Adaíra de Oliveira (foto), 69 anos, desistiu de esperar. Ela deve ser operada em um hospital público de Unaí (MG). (págs. 1 e 33)
Foto legenda: Economia faz a Grécia mergulhar no caos
Três pessoas morreram ontem no incêndio de uma agência bancária de Atenas durante os protestos contra as medidas do governo para tentar salvar o país da crise econômica. Revoltados com o corte de salários e de aposentadorias e o aumento de impostos, os trabalhadores decretaram greve geral e houve confrontos com a polícia. Os gregos esperam um empréstimo de 110 bilhões de euros para reduzir os riscos de calote na dívida. (págs. 1 e 16 a 18)
Polêmica: CNBB cala a boca do bispo
Dom Dadeus Grings foi reprovado pela Igreja por afirmar que a
“sociedade atual é pedófila”. Religiosos católicos se manifestaram contrários ao posicionamento do arcebispo de Porto Alegre, mas lamentaram o excesso de permissividade nos dias atuais. (págs. 1 e 12)
UnB: Servidor vai devolver URP
A Justiça considerou ilegal o pagamento do benefício a 204 funcionários inativos da Universidade de Brasília. Eles terão que ressarcir aos cofres públicos o dinheiro recebido desde 2008. Em greve há dois meses, servidores decidem hoje o futuro do movimento. (págs. 1 e 38)
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Valor Econômico
Manchete: Construtoras já temem apagão de mão de obra
As construtoras venderam R$ 22 bilhões em imóveis em 2008, R$ 26 bilhões no ano passado e já anunciaram planos ambiciosos para este ano: as maiores falam de expansão entre 30% e 50%. Quase todas essas obras já começaram a ser erguidas ou estão perto de sair do papel. A dúvida é se haverá braços para atender tamanha demanda. Os mais alarmistas já temem um apagão de mão de obra. Está difícil contratar profissionais qualificados e com experiência.
Em diferentes proporções e diferentes segmentos, a percepção é a mesma. "O problema não é a quantidade, mas a qualidade", diz Rodrigo Pádua, diretor de RH da Gafisa. "Servente, que é o primeiro escalão, é fácil contratar, mas mão de obra boa, que consegue entregar produtividade já está muito complicado, especialmente em São Paulo", diz Daniel Amaral, diretor financeiro da Direcional. A empresa, que atua na baixa renda, resolveu efetivar todos os funcionários antes terceirizados, criou um plano de carreira e instituiu até remuneração variável para o pessoal de obra. (págs. 1 e B11)
Insegurança atinge bancos da Europa
O espectro do risco de crédito entre bancos - vislumbrado de forma dramática em sua mais recente aparição, na esteira do colapso do Lehman - está voltando ao setor bancário europeu, num sinal de alerta para o fato de que alguns bancos poderão entrar em colapso no rastro da crise de dívida soberana na zona do euro.
Os bancos agora estão mais relutantes em emprestar uns aos outros que em qualquer outro momento desde que os problemas da Grécia explodiram, em outubro passado. A deterioração das condições nos mercados interbancários estão levando alguns analistas a prever que a próxima crise se dará entre os bancos. Mesmo as maiores instituições europeias estão sofrendo, à medida que aumentam os custos de seguro contra default. (págs. 1 e C5)
Aperto reduz oferta de dinheiro
Um forte aperto monetário está em curso, com o ciclo de alta da taxa Selic, iniciado na semana passada, potencializado por oferta menor de dinheiro na praça. As operações compromissadas do Banco Central, representadas pela venda de títulos federais no mercado aberto com obrigação de recompra futura, encerraram o mês de abril em R$ 333 bilhões, o menor nível desde dezembro de 2008.
Essa marca foi alcançada com a reversão dos recolhimentos compulsórios sobre depósitos bancários. Para cumprir as regras do BC, os bancos estão desmontando operações de curto prazo. Em dois meses, a concentração de moeda no mercado aberto diminuiu cerca de R$ 140 bilhões.
Com menos recursos em caixa, os bancos emprestam menos. A oferta de crédito diminui, o que reduz a demanda e as pressões sobre os preços. (págs. 1 e C1)
Telebrás vai receber capital de R$ 3,22 bi
O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), anunciado ontem pelo governo, tem a intenção de levar internet rápida a 28 milhões de residências das classes C e D até 2014 e custará mais de R$ 10 bilhões. O plano prevê a restauração da Telebrás, que receberá capital público de R$ 3,22 bilhões, além de incentivos fiscais e uma política industrial nacional.
Ao divulgar o plano, a chefe da Casa Civil, ministra Erenice Guerra, disse que a Telebrás não vai substituir a iniciativa privada ou concorrer com ela, "porque vai atuar no atacado". O governo considera que a atuação da Telebrás como gestora da infraestrutura de fibras ópticas estimulará a competição. A estatal deverá subcontratar empresas privadas para construir redes, publicando editais de concorrência ainda neste ano. (págs. 1 e A3)
Foto legenda: Vender até em biroscas
Pequenas lojas e até biroscas são o foco da L'Oréal para aumentar vendas à baixa renda. A meta, diz Alexandre Popoff, novo diretor para AL, é ter 2,5 bilhões de consumidores no mundo. (págs. 1 e B1)
Inflação sobe mais para a baixa renda
A inflação para os consumidores de baixa renda nos primeiros quatro meses de 2010 foi a maior dos últimos seis anos. Pior: a alta foi concentrada em seu principal item de consumo, os alimentos.
O Índice de Preços ao Consumidor-classe 1 (IPC-c1), que mede variação dos preços para quem ganha entre 1 e 2,5 salários mínimos, subiu 5% entre janeiro e abril, mais que o dobro dos 2,1% apurados no mesmo período de 2009. Os preços dos produtos alimentícios aumentaram ainda mais, 8,6%.
Os dados do IPC-c1, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) desde 2004, apontam para uma desaceleração. A alta em abril, de 1,28%, foi inferior ao 1,4% registrado em março. (págs. 1 e A5)
Em tempos de crise, demissão em massa pode ser a pior saída (págs. 1 e B6)
Credicard fecha acordo com a varejista EletroShopping (págs. 1 e C10)
Liberais democratas de Nick Clegg definirão eleição britânica (págs. 1 e A16)
Foto legenda: ‘Choque’ de gestão
O novo presidente do Ibama, Abelardo Bayma Azevedo, quer reformar os procedimentos do órgão para dar agilidade aos licenciamentos ambientais. (págs. 1 e A2)
Investimento estrangeiro
O fluxo de investimento estrangeiro direto para a América Latina diminuiu 42% no ano passado, segundo a Cepa. O Brasil continuou a ser o maior beneficiário. (págs. 1 e A12)
Olho no olho
Recurso consagrado há décadas na ficção científica, o videofone está perto de se popularizar pelas mãos de empresas como Apple, Skype e Cisco (págs. 1 e B3)
Linha branca preta
De olho no consumidor de alta renda, a Whirlpool lança a All Black, com produtos de "linha branca" na cor preta. (págs. 1 e B4)
Engevix e Funcef miram estaleiro
A Engevix e a Funcef negociam a compra do Estaleiro Rio Grande, do grupo WTorre. O fundo de pensão da CEF deverá ficar com 25% do negócio. (págs. 1 e B9)
Montadoras aceleram
A produção mundial de automóveis cresceu 57% no primeiro trimestre. Na China, Japão, Canadá, México e Reino Unido, o crescimento foi de mais de 70%. (págs. 1 e B9)
'Private equity' nos trilhos
O Jardim Botânico Investimentos (JBI) e o InfraBrasil (Santander) vão investir na Ferrolease, empresa de aluguel de vagões ferroviários. O aporte chega a R$ 50 milhões. (págs. 1 e B10)
Petrobras vende ativos argentinos
A Pesa, subsidiária da Petrobras na Argentina, vendeu a refinaria de San Lorenzo e 360 postos de combustíveis à empresa Oil Combustibles, por US$ 110 milhões. (págs. 1 e B10)
Polêmica no campo
Estudo do Ibre-FGV, encomendado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), rebate dados do Censo Agropecuário do IBGE sobre agricultura familiar. (págs. 1 e B14)
Avanço dos defensivos
A aplicação de defensivos agrícolas no Brasil aumentou 7,6% em 2009, superando pela primeira vez a marca de um milhão de toneladas. (págs. 1 e B14)
Ideias
José Roberto Campos
A Grécia terá de reestruturar sua dívida. Adiá-la poderá disseminar a crise aos maiores devedores da zona do euro. (págs. 1 e A2)
Ideias
Maria Inês Nassif
Anistia foi um ato de vontade dos militares, acatado pelos civis que formavam, no Congresso, uma maioria sem coragem. (págs. 1 e A10)
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Jornal do Commercio
Manchete: O rei Leão (pág. 1)
Crise na Grécia (pág. 1)
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